Com certeza, já repararam nos tamanhos XL/XXL da nova doçaria portuguesa, que se disseminou um pouco por todo o lado, julgo que a partir dos anos 90, talvez resultado da crise económica, a qual fez explodir certo tipo de negócios aparentemente de lucro fácil e rápido, pela procura garantida : cabeleireiros, esteticistas, padarias, imobiliárias, compra de ouro, penhoras e toda uma panóplia de compra e venda por papelinhos no retrovisor do carro, a maior parte aldrabices enganadoras para incautos e desesperados cidadãos.

Vou “implicar” de momento só com as pastelarias que optaram por esticar o tamanho dos bolos 2 ou 3 vezes, obrigando o cliente a comer quase à fatia ou a repartir com alguém, desaparecendo na maior parte delas uma tradição bem prática, que eram as miniaturas, não é? Um café e um “mini” pastel de nata, não enche nem engorda muito e é baratinho, até dá para fazer um menu e fica ainda mais em conta, ora esta lógica do bem servir com mutuo contentamento parece que já não existe.

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Outra constatação é a crescente feitura de bolos à base de natas e excesso de açúcar tipo cupcake, importação de péssimo gosto e prejudicial à saúde, pastéis de nata que viraram súper gigantes e mais caros que nos deixam a escorrer creme por todo o lado, mal feitos e de creme duvidoso, terá natas? Os queques foram substituídos por muffins, saborosos sim, mas mais calóricos.

Também não é incomum ver-se as prateleiras de algumas pastelarias com 80% a 90% de bolos à base de massa folhada, é só gordura, mas é difícil resistir, não é?

Resultado, mais uma facada na excelente qualidade da doçaria portuguesa, que está em risco de se perder para o lucro fácil, com o consequente aumento da obesidade e diabetes, pago pelo erário publico.

nota: sabia que a diabetes é uma das principais causas da insuficiência renal cronica que leva à hemodiálise ?