
Não vou rebater os argumentos dos pró Touradas, porque a irracionalidade sanguinária, ou a racionalização da crueldade, como espetáculo, não passa disso mesmo.
Não me interessa se Manuel Alegre, Garcia Lorca, Ortega y Gasset, Vasco graça Moura, Goya, Salvador Dali, João Cabral de Melo Neto, Michel Leiris, Jean Cocteau, Picasso, Hemingway, e outros proeminentes intelectuais a defenderam. Também um dos melhores livros que li, Viagem ao fim da Noite, de Celine, e nos meus 20 anos, não sabia que Louis-Ferdinand Céline, era nazi e profundamente anti-semita.
Percorra o slide com as setas
Leiam Pacheco Pereira no Público: “As touradas vivem do sangue, da dilaceração da carne, do cansaço até ao limite e da morte. Podem ter todos os rituais possíveis, ter toda a ‘arte’ de saracotear à volta de um bicho, mas as touradas não são uma arte, são a exibição circense de um combate desigual entre homens e animais, cuja essência é a sua tortura para gáudio coletivo”.
“Se os toureiros dizem que os touros foram criados para as touradas, os artistas circenses dirão que certos animais foram criados para o circo, os palhaços entendem-se.” José Rodrigues Vilela.
“Tal era a forma primitiva e singela de um espetáculo de eras barbaras, que a civilização, desenvolvendo-se gradualmente por alguns séculos, ainda não pode desterrar da Península, e que nos conserva na fronte o estigma de bárbaros, embora tenhamos procurado esconder esse estigma debaixo dos ouropéis e pompas da arte moderna e pleitear a nossa vergonhosa causa perante o tribunal da opinião da Europa com sofismas pueris e ineptos.“ — Alexandre Herculano escritor português 1810 – 1877 Em O Bobo, apêndice, Bertrand, 1878, p. 319. (sobre as touradas).
Eu assinei a Petição Pela abolição das touradas e de todos os espetáculos com touros