O fruto do arando-vermelho (Vaccinium vitis-idaea), da mesma espécie dos mirtilhos ou da uva-do-monte, é um arbusto perene, produzido em grande escala nos Estados Unidos, designada por cranberry, seguindo-se o Canadá, Chile e Europa Central e Norte. Esta baga, não sendo agradável comida fresca, pois é acida e pouco doce, é processada e consumida em sumos, molhos, passa de arando, e ultimamente em cápsulas ou em carteiras dissolúveis, para a profilaxia das infeções urinárias.

Investigações conduzidas, nomeadamente pela UBI, Universidade da Beira Interior, e publicadas em 2017, assim como outros estudos americanos, confirmam que o arando-vermelho é eficaz na prevenção das infeções recorrentes do trato urinário, provocadas, principalmente pela bactéria Escherichia coli, funcionando como probióticos nos intestinos e dificultando a sua aderência nas vias urinárias. Outros benefícios deste fruto estão sendo estudados.

No meu caso, tendo sido transplantada renal durante 21 anos, tinha em média 5 ou mais infeções urinárias por ano, ao ponto de já ter bactérias resistentes aos antibióticos. Só quase no principio da falência do rim transplantado, foi-me sugerido por um médico, a toma de carteiras de arando, vendidas na farmácia, o que reduziu para uma ou duas infeções por ano. Devido ao alto custo destas carteiras, optei por encomendar online, cápsulas de arando, a um preço mais reduzido, e desde então, tomo-as todos os dias, mesmo estando agora em hemodiálise. Nunca mais tive nenhuma infeção urinária desde que comecei a diálise, pelo que posso deduzir que as infeções estavam relacionadas com o transplante, ou o grau da imunossupressão associado, e a sua redução, com a toma diária de arando.