
A sua casa era parecida com a casa de Irene, quase nada tinha. A miséria material, não a humana. Apesar da pobreza e das doenças, ela respirava sageza, humor e alegria. À sua porta sorriam hortênsias, lá dentro brilhavam as loiças e as molduras, de um passado duro, mas cheio de boas histórias para contar.
A janela que te emoldura, Beatriz, estará para sempre pendurada no meu coração, contigo lá dentro, na minha memória, pela tua graça, generosidade, boa vizinhança e resiliência. Até sempre Beatriz.