No Banco de Jardim – Carlos Drummond de Andrade

Os bancos de jardim. São, camas, casas, mesas, meditação, poiso de bicharada, obras de arte, solidão, leituras, amizades, amores, encontros, descanso, sombra, contemplação, tanta coisa. Nos jardins, onde a natureza ordenada encontra a outra, a selvagem. Onde nos sentimos bem.


No Banco de Jardim - Carlos Drummond de Andrade

No banco de jardim,
o tempo se desfaz
e resta entre ruídos
a corola de paz.

No banco de jardim,
a sombra se adelgaça
e entre besouro e concha
de segredo, o anjo passa.

No banco de jardim,
o cosmo se resume
em serena parábola,
impressentido lume.

2 pensamentos sobre “No Banco de Jardim – Carlos Drummond de Andrade

  1. Para muitos é sempre um momento poético estar sentado num banco de jardim.
    Mas muitos outros estão sentados no banco do jardim porque a vida para eles já perdeu toda a poesia e nada mais é do que uma forma de ajudar a passar o tempo.
    Creio eu….

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