O universo da música antiga, o cancioneiro popular e o jazz. A arte dos sons e do improviso.
Rita Maria, cantora, de formação lírica e jazzística. Filipe Raposo, pianista, compositor e orquestrador.
Esta é a tradicional Senhora do Almortão (Museu do Património Cultural Imaterial), canção popular de Idanha-a-Nova, Castelo Branco.
Senhora do Almortão ó minha tão linda arraiana Senhora do Almortão ó minha tão linda arraiana virai costas a Castela, não queiras ser castelhana. Virai costas a Castela, não queiras ser castelhana. Olha a laranjinha que caiu, caiu. Onde? Num regato de água, nunca mais se viu. Nunca mais se viu, nem se torna a ver. Cravos à janela, rosas a nascer. - Senhora do Almortão à vossa porta cheguei… Senhora do Almortão à vossa porta cheguei. Senhora do Almortão à vossa porta cheguei. Tantos anjos me acompanhem como de passadas dei. Tantos anjos me acompanhem como de passadas dei. Eu hei-de ir à festa, ai hei-de lá dormir. E tenho uma promessa quero-(l)a cumprir. Eu hei-de ir à festa, ai hei-de lá ficar. Tenho uma promessa, quero-a pagar. Não há Senhora mais linda do qu’ ei a do Almortão. Não há Senhora mais linda do qu’ ei a do Almortão. Tem o seu amado filho ao lado do coração. Tem o seu amado filho ao lado do coração. Fui à laranjinha que caiu, caiu. Onde? Num regato d’ água, nunca mais se viu. Nunca mais se viu, nem se torna a ver. Cravos à janela, rosas a nascer. Senhora do Almortão aqui nos tendes defronte. Senhora do Almortão aqui nos tendes defronte, precisamos da Senhora como d’ água tem a fonte. Ai p’ecisamos da senhora como d’ água tem a fonte. Anda cá José que o meu bem és tu. Já não há carinhos para mais nem um. Para mais nem um para mais ninguém. Anda cá José tu és o meu bem.