Os Amigos Voltar ali onde A verde rebentação da vaga A espuma o nevoeiro o horizonte a praia Guardam intacta a impetuosa Juventude antiga – Mas como sem os amigos Sem a partilha o abraço a comunhão Respirar o cheiro a alga da maresia E colher a estrela do mar em minha mão SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Tão bom e animador ir à praia, sim, mas quando deixamos a tal juventude impetuosa, amamos a praia, de uma outra forma, mais contemplativa, sonhadora, sem deixarmos mesmo assim de sentir o tal ímpeto de jogar à bola, ao prego, ao volley, deitar o papagaio, fazer o pino, ou o mortal, apanhar conchinhas, mergulhar na água aos gritos e sondar os fundos do mar, logo ali ao pé do areal, de olhos bem abertos. O contratempo, são as enchentes, as filas de carros, o esgotamento do espaço no areal e à beira-mar. Resta-nos então o tempo não balnear, porque as praias selvagens, essas, acabaram.
Ao longo dos tempos … (clicar na galeria)
Qual é a tua ó meu 
A Praia… é verdade que de pequenino adorava, quando chegava o Verão para ir á praia. Era um ritual, montar a barraca, mesa e cadeiras, relaxar e esperar a maré basa, para ir apanhar conchas, camarões, lapas mexilhões, e uns peixinhos no balde, para depois á tardinha voltar a colocá-los na água do Mar!
Havia também barracas para alugar e foi dentro de uma destas que dei o meu primeiro beijo, com 11 anos!!
Tempos que não voltam!!
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Os 11 anos não voltam, mas tudo o resto, não tem idade! É um ritual que ainda mantenho, à parte apanhar a bicharada, que já não sou capaz, tenho pena. Pelo contrário, entretenho-me a salvar as criaturas, que devido ao recuo do mar, ficam a debater-se e eu, pieguinhas, devolvo-as às aguas.
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Deliciosas imagens da passagem do tempo… e das modas!
Realmente temos que nos adaptar ao avançar desse tempo em nós e tentar conciliar o gosto genuino pela praia que ainda nos habita e os tempos modernos. Como?
Tentando fugir dos horários da maioria, escolher zonas menos confusas e de vez em quando voltar aos lugares que nos levam a boas recordações e onde fomos muito felizes.
Especialmente fora da época balnear!
(Regressei hoje de três dias no meu Algarve de infância e estava simplesmente maravilhoso. E as praias com muuuuuuuito espaço! Adoro esta época do ano!😎)
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Eu ia a Monte-Gordo, e antes a Quarteira e Olhos de Água, nos anos 60, 70, e era lindíssimo, ainda com pouco turismo, moradias pequenas, e a beira-mar rica em surpresas e vida. A última vez que fui, fiquei danada com os atropelos urbanísticos em cima das dunas, multidões, musica pimba tipo “apita o comboio” altíssimo, obras e mais obras, etc Nunca mais lá fui.
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