René Magritte (detail) The Son of Man, 1964. Oil on canvas (1898-1967) Private collection. SFMOMA, fonte rocor, flickr.com

Dois Poemas – Tatiana Faia

Tatiana Faia, portuguesa (1986), é doutorada em Estudos Clássicos, Literatura Grega Antiga, com uma tese sobre a Ilíada de Homero. Com José Pedro Moreira e André Simões editou a revista Ítaca: Cadernos de Ideias, Textos & Imagens (2009-2011). É uma das editoras do projecto Enfermaria 6 e autora de quatro livros de poemas: Lugano (2011), teatro de rua (2013), Um quarto em Atenas (2018) e Leopardo e Abstracção (2019) e de um livro de contos, São Luís dos Portugueses em Chamas (2016). Um Quarto em … Continue a ler Dois Poemas – Tatiana Faia

Santiago do Cacém, aguarela, Guy MOLL, commons.wikimedia.org

Domingo – Manuel da Fonseca

Manuel da Fonseca (1911-1993), nascido em Santiago do Cacém, foi poeta, contista, romancista, cronista e activista político, tendo colaborado em diversas publicações. Na obra de Manuel da Fonseca, considerado um dos vultos do neorrealismo literário português, o Alentejo é um lugar de crucial importância no seu universo, como vemos pela imagem que o autor projecta, assaz singular, íntima, profusamente descritiva, da província durante o Estado … Continue a ler Domingo – Manuel da Fonseca

Vídeo de ucraniano_recitando_poema_em_meio_da_guerra

Amor em tempos de cólera

Não é o Romance  «O Amor nos Tempos de Cólera» de Gabriel García Márquez. É o Amor nos Tempos da Cólera, leia-se, da Guerra. E, parafraseando, Glória à Ucrânia! ESPERA-ME, poema de Konstantin Simonov (1915-1979), poeta, escritor e dramaturgo russo Espera-me. Até quando, não sei. Um dia, voltarei. Espera-me pelas manhãs vazias, nas tardes longas e nas noites frias, e, outra vez, quando o calor voltar. Ai, nunca … Continue a ler Amor em tempos de cólera

Capa do ROMANCEIRO GITANO, POETA EM NOVA YORK, LLANTO POR IGNACIO SÁNCHEZ MEJÍAS DE FREDERICO GARCÍA LORCA

A minha estante de livros – 3

E venham mais 5. 11 – A FALA DO ÍNDIO Autora: Teri D. McLuhan Fotografias de Edward Sheriff Curtis (1868-1952) Edição “FENDA” Da contracapa: As vastas e abertas planícies, as belas colinas e as águas que em meandros complicados serpenteiam, não eram, aos nossos olhos, “selvagens”. Só o homem branco via a natureza “selvagem”, e só para ele estava a terra “infestada de animais selvagens” … Continue a ler A minha estante de livros – 3

Foto de Thiago de Mello

Um poema – Thiago de Mello

Amadeu Thiago de Mello foi um poeta e tradutor brasileiro natural do Estado do Amazonas, é um dos poetas mais influentes e respeitados no país, reconhecido como um ícone da literatura regional. Tem obras traduzidas para mais de trinta idiomas. escritas.org Como muitos outros escritores, poetas, cientistas, jornalistas, etc, foi um homem que se debateu pela Amazónia e pelos direitos do povo indígena, tendo sido … Continue a ler Um poema – Thiago de Mello

Ilustração do Poema do blogue "Discretamente" de Dulce Delgado

Assim nasce a poesia

Não podia deixar de publicar este original, divertido, terno e belo poema de Dulce Delgado, do Blogue discretamente. Para todas as idades. Inquieto, deambulava o P pelo mundo das letras da escrita e da aventura. Num atalho encontrou o O e logo a seguir o E, o que gerou confusão no momento de decidir qual a ordenação deste trio em formação. As hipóteses eram demais… … Continue a ler Assim nasce a poesia

Retrato de Maria Teresa Horta no mural sobre as "Mulheres da Revoluçâo de Abril", de Elton Hipólito (2019)

Um poema de Maria Teresa Horta

Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, conhecidas pelas Três Marias, autoras da obra Novas Cartas Portuguesas (1972), de teor feminista e de denuncia da repressão social, politica e colonialista, durante a ditadura em Portugal, que lhes valeu um processo em tribunal, tendo sido somente absolvidas após o 25 de Abril de 1974. Anjos da memória – V Os anjos alados da … Continue a ler Um poema de Maria Teresa Horta

Banco de Jardim, dariusz_pexels.com

No Banco de Jardim – Carlos Drummond de Andrade

Os bancos de jardim. São, camas, casas, mesas, meditação, poiso de bicharada, obras de arte, solidão, leituras, amizades, amores, encontros, descanso, sombra, contemplação, tanta coisa. Nos jardins, onde a natureza ordenada encontra a outra, a selvagem. Onde nos sentimos bem. No Banco de Jardim – Carlos Drummond de Andrade No banco de jardim, o tempo se desfaz e resta entre ruídos a corola de paz. … Continue a ler No Banco de Jardim – Carlos Drummond de Andrade

Convento Nossa Senhora Arrábida

Sebastião da Gama

“Pelo sonho é que vamos” O Poeta da Serra da Arrábida, onde vivia, guardião da sua Serra-Mãe, ambientalista fervoroso, esteve na origem, da Liga para a Protecção da Natureza, em 1948, a primeira associação ecologista portuguesa. Apesar da morte, estar presente, ainda que não de auto comiseração, devido à doença que o levaria muito novo, Sebastião da Gama, exaltava a vida e a natureza, com um … Continue a ler Sebastião da Gama

Discos de Bernardo Sassetti

O assassínio da vida

Não, não estou numa fase negra, nem de luto, só se for pelo SNS (serviço nacional de saúde), nem penso em suicídio, só quando me massacram acima dos limites, lá na diálise, o que só dura uma hora ou duas, depois passa.É que, deparei-me com o Bernardo Sassetti, a tocar a Noite, do filme Alice, filme multipremiado, que nunca vi, no You Tube, e fiquei … Continue a ler O assassínio da vida

Frutos da Taxus baccata,Teixo

Árvores de Portugal – Taxus baccata

E um poema de T. S. Eliot A Taxus baccata, de nome comum, Teixo, é uma espécie de gimnospérmicas arborescentes da família das taxáceas. As folhas são estreitas e aguçadas, sendo venenosas, contem taxina, podendo ser fatais se ingeridas em grande quantidade. O nome do género Taxus, deriva do grego Taxis, que significa “linha” pela disposição das suas folhas. Taxus pela dureza, resistência e flexibilidade da sua madeira para fazer … Continue a ler Árvores de Portugal – Taxus baccata

Menina no ballet

A dança

Não há nada melhor que dançar! Danço e me desentristeço, levito. Eu tinha que pôr o Erik Satie a dançar. É minimalista, mas eu adoro esta música “Gymnopedie No 1”. Assim como a dança. E identifico-me com a menina do poema. Sempre achei que o meu futuro, estava na dança ou no circo… é pena. A bailarina, de Cecília Meireles (poemas para crianças) Esta menina … Continue a ler A dança

Gaivota a voar

Volare

Descobri, quando procurava musicas de uso livre, esta bonita melodia, de Dee Yan-Key, e que me sugeriu, o voo das aves, esse dote fascinante e complexo. Aliás, é daí que vem a origem da palavra inveja… e da inveja, por vezes, sobrevêm o ódio, será por isso que os matam, os alvejam ? Mesmo sabendo que são espécimes em perigo? Música: Adagio primaverile por Dee … Continue a ler Volare

Moçambique III – Muhípiti

Nas férias fui servir de tradutora a uma jornalista austríaca, amiga da Cristina, que pretendia fazer uma reportagem sobre Moçambique. Apanhámos o voo para Nampula. Visitámos a Catedral de Nossa Senhora da Fatima, com pinturas de Sousa Araújo, e o Mercado onde se vendia pedras preciosas, olaria, esculturas, cestaria, uma grande variedade de peixe, hortícolas, mas com deficiente higiene. Comparando com o de Maputo, que … Continue a ler Moçambique III – Muhípiti

Anos 70

Anos 70 e Luís Vaz de Camões

Principais acontecimentos e escolhas pessoais: Política Nacional e Internacional Desvalorização do dólar – Crise do petróleo (a OPEP triplica o preço), Recessão – Crash da Bolsa Americana em 1973 – Watergate (Nixon) – Ditadura militar no Brasil – Aumento do terrorismo em alguns países Europeus – Japão e América Latina – Fim da Guerra do Vietname (1975) – Início da Guerra Soviético-Afegã (1979) – Guerra Civil no … Continue a ler Anos 70 e Luís Vaz de Camões