composição fotográfica: sala+ lixo

Poemar – caos

Lena Pires caos turbilhão de objetos explosões e contenções sensitivas não é a minha casa é uma montanha russa em Chernobyl absorvo o tempo com equações matemáticas integrais de áreas rigorosamente pequenas onde não caibo as memórias ficam só levo o meu corpo em perpetuas fantasias o presente é impreciso distraído o sonho de libertação permanente e indelével consome-me a vida baralha-me os planos encima … Continue a ler Poemar – caos

Imagem para o poema de Al Berto

Poesia de Al berto

Poema de Al Berto, dito pelo próprio. CD “Os poetas” . “Há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida” (Al Berto), disco “entre nós e as palavras” (1997) Música de Francisco Ribeiro “Há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida” há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida pensava eu…como seriam felizes as mulheres à beira-mar debruçadas para a luz caiada remendando o pano das … Continue a ler Poesia de Al berto

Pintura de Herberto Helder

Poesia de Herberto Helder

Minha cabeça estremece, poema dito pelo próprio, com Música: Rodrigo Leão e Gabriel Gomes Herberto Hélder Luís Bernardes de Oliveira (Funchal,1930-2015), poeta português. Poemacto (II), Contraponto 1961. Faixa do disco “Os Poetas: Entre nós e as palavras” (Sony, 1997). II Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.Falo, penso.Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.É sempre outra coisa, umasó … Continue a ler Poesia de Herberto Helder

Poeta Luís Filipe Sarmento

Um poema de Luís Filipe Sarmento

Pode ler uma entrevista, e saber mais sobre Luís Filipe Sarmento em Palavra Comum ~ Revista galega lusófona de artes e letras Casa dos Mundos Irrepetíveis Se digo mãe, digo Itália; se digo avó, digo ilha,se digo bisavô, digo Galiza; se digo trisavó, digo Françaum tetravô na Grécia outro em Damasco;um perdido na Índia cigana outra nas ruas da Palestina,se chegar aos décimos avós sou … Continue a ler Um poema de Luís Filipe Sarmento

Poeta João Luís Barreto Guimarães

João Luís B. Guimarães

O poeta João Luís Barreto Guimarães venceu o Willow Run Poetry Book Award de 2020, com o seu livro Mediterrâneo, de 2016, uma compilação de poemas escritos entre 2012 e 2015,  tendo ganho, também com este livro, em 2017, o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, caracterizado pelo júri como “uma deambulação pela história e pela cultura europeia e mediterrânica, atravessando a paisagem física … Continue a ler João Luís B. Guimarães

cão e gato juntos a dormir

Vamos ajudar?

Não sei… Se a vida é curtaOu longa demais pra nós,Mas sei que nada do que vivemosTem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.Muitas vezes basta ser:Colo que acolhe,Braço que envolve,Palavra que conforta,Silêncio que respeita,Alegria que contagia,Lágrima que corre,Olhar que acaricia,Desejo que sacia,Amor que promove.E isso não é coisa de outro mundo,É o que dá sentido à vida.É o que faz com que elaNão … Continue a ler Vamos ajudar?

Esboço de Eugénio de Andrade

um poema

Eugénio de Andrade , Os lugares de Lume Há dias Há dias em que julgamosque todo o lixo do mundonos cai em cimadepoisao chegarmos à varanda avistamosas crianças correndo no molheenquanto cantamnão lhes sei o nomeuma ou outra parece-me comigoquero eu dizer :com o que fuiquando cheguei a ser luminosapresença da graçaou da alegriaum sorriso abre-se entãonum verão antigoe duradura ainda. Continue a ler um poema